Naturalismos. De Lucrécio a Lobo Antunes – Comparatistas

Orgs.: Kelly B. Basílio e Felipe Cammaert
Publisher: Húmus
Year: 2014
Price: 15€

The texts gathered in this anthology, both classic and contemporary, many of them unpublished in Portuguese, focus on reflections on naturalism as a polysemic and trans-historic notion. Their complexity fosters interdisciplinary approaches, allowing exploring the polymorphic variety of that which has been called naturalism over the centuries.

CONTENTS

Introdução

“…falar do naturalismo de Rousseau não terá certamente o mesmo sentido que evocar o de Zola. Do mesmo modo, qualificar de naturalistas certas tendências da pintura renascentista não referirá as mesmas características que, por exemplo, as do oitocentista Courbet. Assim como o naturalismo de um Darwin já pouco terá a ver com o de um de Aristóteles. É, pois, reconhecer que o naturalismo é uma noção não somente polissémica e transhistórica como até transversal, relevando tanto da filosofia como da ciência, da arte e da estética.”

Ciências e filosofias da natureza

Da natureza, Lucrécio
Ética, Espinoza
Novum Organum, Francis Bacon
O sonho de d’Alembert, Diderot
Carta a Sophie Volland, Didedot
História Natural, Buffon
A origem das espécies, Charles Darwin
O método. “A natureza da natureza”, Edgar Morin
Kant e a ideia de uma poética da natureza, Leonel Ribeiro dos Santos
Natural, Jacques Morizot
Naturalismo, Jacques Morizot

Estéticas e poéticas da natureza

1. Na literatura

Thérèse Raquin, prefácio da segunda edição, Émile Zola
O romance experimental, Émile Zola
Selecção de Textos, Eça de Queirós
Estética naturalista, Júlio Lourenço Pinto
Rosemunde ou a flor do desejo. O naturalismo proustiano em À Sombra das Raparigas em Flor, Kelly Basílio
Diálogo da árvore, Paul Valéry
Zola Modern Style: La Faute de l’Abbé Mouret, Henri Mitterand
Poesia e Naturalismo… À guisa de introdução, Philippe Hamon
Elementos para a poética do(s) naturalismo(s) na obra de António Lobo Antunes, Felipe Cammaert

2. Noutras artes

– Teatro

Ambiente social e ambiente teatral: o caso do naturalismo inglês, Raymond Williams
Uma contemplação arqueológica sobre o teatro naturalista alemão, Anabela Mendes

– Música

A renovação do teatro lírico francês: Émile-Zola – Alfred Bruneau, Jean-Sébastien Macke

– Pintura

O “não acabado” de Miguel Ângelo visto em relação com o princípio de ars naturans, Esther Nyholm
Ars naturans: A natureza e a paisagem na pintura portuguesa dos séculos XV e XVI, Sónia Talhé Azambuja
A pintura protobarroca em Portugal, 1612-1657: o triunfo do Naturalismo e do Tenebrismo, Vítor Serrão

– Arquitectura e urbanismo

O tempo das catedrais: a arte e a sociedade (980-1420), Georges Duby
Uma visão natural do doméstico, Le Corbusier

– Fotografia

Naturalismo e fotografia. Um fracasso, uma obsessão, Charles Grivel

– Cinema

A imagem-movimento. “Do afecto à acção: a imagem-pulsão”, Gilles Deleuze
Actualidade(s) do Naturalismo, Arnaud Macé
A experiência e a sua matéria, Siegfried Kracauer

Proveniência dos textos não inéditos